Viagem

Viagem

A mesma palavra ‘yatri’ em Sânscrito quer dizer viagem, como ouvimos nos avisos nos aeroportos e estações de trem, e ao mesmo tempo peregrinação.

 

Peregrinação (Tib, nékor , Wyl. Gnas skor ), é a visita de lugares sagrados, aqueles abençoados por grandes seres durante o curso da história budista, e aqueles como terras ocultas ou Beyul . Os budistas consideram esses atos primeiro como um importante meio de acumular mérito, mas também como uma “jornada além do impulso humano para controlar a própria experiência e uma abertura à serendipidade (experiências que acontecem ao acaso, inesperadamente)”

 

Tradição inspirada no Buda
A tradição é inspirada pelo próprio Buda . Como o Mahaparinirvana Sutra explica, quando ele estava prestes a passar para o parinirvana , as pessoas ao seu redor lhe perguntavam quem haveria de guiar as pessoas se ele exibisse a morte. Ele respondeu que para as pessoas no futuro visitarem os quatro grandes lugares sagrados (Lumbini, Bodhgaya, Sarnath, Kushinagar com Rajgir, Vaishali, Sankisa, Sravasti formam os oitos grandes lugares sagrados) seria como conhecê-lo na realidade.

 

Perspectiva Vajrayana
De acordo com Ian Baker [3] :

Para os tibetanos, a chave para a peregrinação é daknang , visão pura, a visão sagrada que transfigura o ambiente em um domínio puro de energias iluminadas. Mesmo a mais miserável das circunstâncias convida à mudança de percepção. Na tradição tântrica, o ideal de peregrinação não é simplesmente visitar lugares sagrados, mas facilitar uma transformação interior em lugares que desafiam as formas convencionais de ver. Nesse sentido, quanto mais desestabilizar o ambiente melhor. Como Longchenpa insistiu:

Vá para topos de montanhas, áreas funerárias, ilhotas e feiras…
Lugares que fazem a mente vacilar
E deixe o corpo dançar, a voz cantar
E a mente projetar inumeráveis pensamentos:
Fusa-os com a visão e prática
de libertação espontânea
Então tudo surge como o Caminho!

 

Link com Beyul
Na mente do tibetano, os beyuls como Pemakö têm sido considerados um reino ideal para realizar esse nível interno de peregrinação e transformar as percepções de alguém. Lelung Shyepé Dorje [4] o resumiu: ‘Deixando nossas casas para trás, nós somos yogis abnegados … À medida que as experiências meditativas surgem espontaneamente, viajamos alegremente … sem esperança, dúvida ou apego para termos sucesso ou não. Não nos preocupamos com nossos confortos pessoais. Nem pelos confinamentos obrigatórios dos mosteiros ou pelos nós da existência mundana. Tão pouco nos esforçamos pelo nirvana. Todos os lugares são alegres para nós. Não temos medo de morrer no caminho … nem nos arrependemos quando temos que voltar.’

 

Tradução simples: aqui

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